Será que precisamos produzir o tempo todo para provar nossa capacidade ou aptidão?

Desde quando a quantidade passou a superar a qualidade?

Recentemente ocorreu a ascensão de uma ideia distorcida que prega que a produtividade é caracterizada pela produção excessiva de trabalho.

Você já deve ter se deparado com o termo workaholic. Essa expressão se traduz basicamente em “vício em trabalho” ou “trabalhador compulsivo”.

Em diversos livros de autoajuda, vídeos e perfis em redes sociais, nos deparamos com a pregação da super-produtividade. O que não te contam é que essa prática pode acarretar em prejuízos sérios à sua saúde.

Segundo o médico neurologista Dr. Júlio Pereira, com o trabalho excessivo, podemos acabar desenvolvendo transtornos mentais sérios:

Se a gente fizer um estímulo constante do cérebro, pode ocasionar um burnout no sistema nervoso central e até depressão. Então, o ideal é que nós tenhamos períodos de foco e períodos de total descanso”.

O excesso de tarefas, além de nos limitar do descanso, se estende a outros âmbitos adversos do corporativo, se prorrogando ao educacional e domiciliar, é aquela ideia de “preciso fazer algo produtivo a todo tempo”, que acaba nos frustrando ainda mais e desencadeando episódios de estresse.

Em muitas ocasiões, esquecemos que “não fazer nada” é SIM fazer algo!

O descanso faz parte do ciclo do ser humano, fugindo totalmente da ideia de “tempo desperdiçado”. Portanto, aqui vão alguns conselhos para se manter LONGE dessa ideia de produzir a todo tempo:

  1. Organize sua rotina por prioridades;
  2. Aprenda a delegar funções;
  3. Saiba dizer não;
  4. Respeite seu tempo e suas limitações;
  5. Se necessário, não tenha vergonha de procurar ajuda!

Sendo assim, não caia na cilada de comparar sua produtividade, seu dia-a-dia, seu número de tarefas com o colega de trabalho, com o amigo da faculdade ou com seu vizinho que parece viver trabalhando. Reveja o que tem usado como parâmetro para medir seus esforços, o sucesso não está atrelado a vida extremamente ocupada, mas sim, a uma bem vivida.

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